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Atualidade do Método de Casos no Séc. XXI

No âmbito das celebrações dos 100 anos de estudo de casos, o FAE organizou mais uma grande iniciativa de sucesso, a Atualidade do Método de Casos no Século XXI, realizado no dia 8 de novembro, no ISEG.


Um debate que reuniu um painel de excelência, moderado por Luis Cabral e composto por Diogo Lucena, Pedro Santa Clara, Nuno Fernandes e Inês Pinto, para explorar a atualidade do método de casos.

Apesar de pautado por divergências – como se quer numa discussão que promove pluralidade de visão – é de destacar um consenso claro sobre a intrínseca utilidade do exame de exemplos concretos e da abordagem "experiencial" do caso no processo de aprendizagem.


Pedro Santa Clara e Nuno Fernandes enfatizaram a notória baixa taxa de retenção associada às aulas tradicionais, ressaltando as vantagens significativas trazidas pelo método do caso. Nuno Fernandes acrescentou que, além da retenção, os casos oferecem a grande vantagem da integração de vários tipos de conhecimento, sublinhando ainda o enriquecimento pessoal decorrente da elaboração de casos.

Diogo Lucena trouxe uma perspectiva única ao argumentar que o conhecimento, em sua essência, é um processo de abstração, defendendo que certos conceitos são melhor transmitidos através de apresentações diretas em aulas teóricas, e que o uso de casos negligencia ou minimiza a teoria, fundamental no processo de aprendizagem. Pedro Santa Clara, por sua vez, antecipou o declínio das aulas tradicionais, advogando pela aprendizagem baseada em projetos como forma de impulsionar a motivação e a retenção de conhecimento.

Já Inês Pinto ofereceu uma solução intermediária, defendendo a combinação de casos e aulas tradicionais.

A discussão rica e profunda sobre o tema acabou por resultar numa troca de visões que ultrapassaram o método em si, alcançando a exposição de argumentos e posições sobre as novas tecnologias (e.g., Chat GPT) e o futuro do ensino nestes tempos de grandes mudança e turbulência, intensa mobilidade de vida dos cidadãos em todas as faixas etárias, de diversas culturas, extratos sociais e do cada vez mais ilimitado número de ramos de atividade, funções, carreiras e profissões

Da interação à exposição teórica, o ensino não é uma atividade autónoma e independente, estando presente em todos os momentos da vida, sendo que as organizações e serviços já não se veem sem um apoio e uma interação permanente com as instituições de ensino, transformando-se elas próprias em centros de progresso e aprendizagem permanente.

Um debate impactante que não se limitou a analisar a situação presente, mas também projetou uma visão ousada para o panorama educacional do futuro, proporcionando uma reflexão sobre as transformações que estão por vir.

Mais um grande evento promovido pelo FAE!


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